segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Por algum motivo...

Ontem, me olhei no espelho, olhei me fixamente, e para minha tristeza, aquele reflexo não era nem de perto o que gostaria de ver, infelizmente, não me reconheci. Uma expressão de tristeza, de decepção; no reflexo do meu rosto estava estampado a imagem de uma pessoa que lutou e que no final, perdeu a batalha. Quando percebi olhei para o espelho e vi duas lágrimas escaparem lentamente dos meus olhos, e depois mais duas, outras, outras, como se aquelas primeiras, lentas e tímidas, abrissem caminhos para todas as outras, e pior, não fiz nenhum esforço para segurá-las; foram tantas as lágrimas, que o espelho embaçou, e quando isso aconteceu, quando nem conseguia mais ver meu reflexo no espelho, com muita tristeza abaixei a cabeça, fiquei quieta por alguns minutos, que pareciam uma eternidade, lembranças, frases, momentos, fotos, cartas, mensagens, tristeza, e muita dor se repetiam sem parar na minha memória. Nossa, doía tanto, mas tanto, parecia que algo havia se partido em meu coração, e em pedaços tão pequeninos, que quase me iludiram, para não saber o verdadeiro significado dessa mágoa toda. Mais alguns minutos se passaram, a dor continuava a mesma, mas outros pensamentos começaram a tomar conta de minha mente, que mesmo quando se sente derrotada, decepcionada com as pessoas, ou melhor, com as atitudes delas, existe muito amor para viver. Esperanças a serem conservadas, sorrisos para sorrir, medos e anseios para serem expostos. Há muita vida para ser vivida e se por algum motivo não deu certo... Eu de certa forma me alegro, porque no meu pensamento eu sei que “nós” chegamos perto de ficarmos juntos por mais tempo. Eu me alegro por ter dado ao amor a chance de nascer, crescer e viver. Vou poder dizer que eu dei várias chances de tentar, antes de dizer... Não deu certo. Podem me chamar de ansiosa e precipitada, mas o certo é me chamar de disposta, lutadora, persistente e sonhadora; pois há onze meses, eu tentei ser, tudo o que “ele” precisa para ser feliz, ou pelo menos, tentar ser feliz. Se há algo de que ninguém poderá me acusar, é de não ter sido persistente, de não ter tentado, de não ter dado algumas chances, de viver esse amor com todas as forças e seu autocontrole. Fiz o que pude. Eu até andava em círculos, de propósito, para encontrá-lo a cada passagem minha; hoje vou andar em linha reta, com o olhar aberto para aproveitar novas oportunidades em minha vida, novos horizontes.
... Não existe mais nada a fazer...

Chegamos ao fim, o melhor caminho agora é a separação.

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